Quem sou eu

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Sou um morador da cidade do rio de janeiro que tem uma visão um tanto quanto peculiar da vida e de outras coisas que nos cercam... Alguns consideram meus textos perturbados outro dizem que é uma "viagem na maionese", ou, até mesmo, consideram meus textos bonitos e profundos, bem independentemente do que eles são, tem gente que gosta de ler-los, logo, não posso reclamar. Bem, se você é uma dessas pessoas, ou se você acha que tudo isso que eu falo aqui é sem sentido, ou até mesmo, acha que eu sou maluco, bem o problema é de vocês. Sim, eu tenho (a bosta) do twitter: @DrPlitek , vou logo avisando que la não tem nada de útil, mas aqui também não, então pode vir a interessar...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Fundo

Ao anoitecer da manhã, meu alerta sonoro soou. Fui, como de rotina, em direção ao espelho de meu teto. Quando o atravessei para começar minha caminhada, recebi uma carta entregue por um pequeno ser com aparência de inseto. Ao me entregar a carta ele abriu as asas e voou, me perguntou porque eu não fazia o mesmo. Indignado eu disse, que eu não possuía asas, ele me disse que todos temos asas, basta nós as abrirmos... e se foi voando. Aquilo me deixou perturbado, e eu gritei aos quatro ventos que não queria voar, que a minha condição era aquela e nenhuma mais. Os tucanos riam de mim, até que um deles me perguntou, porque que eu insistia na história de não ter asas, e eu o contei a história de quando fui lesado. Com um olhar cínico me questionou, se eu havia sido roubado o que eram aquelas penas pretas em minhas costas, eu neguei a existência de penas. O pior cego é o que não quer ver disse o tucano, que pois-se a voar. Entrei no meu espelho, abri minha carta. nela havia um novo espelho entrei nele. Cai. O espelho dava a um precipício sem fim. Cai. Cai. Finalmente cheguei ao fim. O buraco era tão profundo que não se podia ver a luz que vinha do topo. Em pensar que um dia eu fui luz, agora era um anjo caído, sem asas, sem luz... morto.

 Até que um vaga-lume apareceu e me perguntou porque eu não saia de lá, se minhas asas estavam tão grandes? eu disse que não tinha asas ele então me iluminou eu eu as vi! Disse que eu estava morto a muito tempo, que meu coração a muito era negro e que agora que eu tinha minhas asas de volta, eu precisava encontrar minha luz. Levantei de meu túmulo abri minhas asas.  Negras asas, enormes uma bela plumagem, um contraste marcante com minha alva pele. 7 eras se passaram sem que eu, o primogênito, voasse... Agora eu tinha retornado, só me faltava a luz