Quem sou eu

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Sou um morador da cidade do rio de janeiro que tem uma visão um tanto quanto peculiar da vida e de outras coisas que nos cercam... Alguns consideram meus textos perturbados outro dizem que é uma "viagem na maionese", ou, até mesmo, consideram meus textos bonitos e profundos, bem independentemente do que eles são, tem gente que gosta de ler-los, logo, não posso reclamar. Bem, se você é uma dessas pessoas, ou se você acha que tudo isso que eu falo aqui é sem sentido, ou até mesmo, acha que eu sou maluco, bem o problema é de vocês. Sim, eu tenho (a bosta) do twitter: @DrPlitek , vou logo avisando que la não tem nada de útil, mas aqui também não, então pode vir a interessar...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O Escritor

 Todo homem tem um refugio seja, ele sua mente, sua televisão, seu papel, seu computador, ou os braços de alguma prostituta barata. Ele quando se vê dentro de uma questão de desespero simplesmente corre para um desse lugares para tentar se esquecer dos problemas ou até mesmo para se desabafar. A agonia, a dor, a tristeza.
 Eu, não sou diferente, pensei enquanto tomava meu café frio na frente da máquina de escrever, estava tarde e minha vela acesa na minha cama uma dessas mulheres da vida, que dormia tranqüila sabendo que ganhara o pão do próximo dia. Olhava pela janela, e via aquele decadente bairro inglês no qual vivia, próximo do porto aonde ancoravam os barcos baleeiros peguei um velho cantil e despejei um pouco de gim naquela bebida amarga e fria, bebi e me pus a bater a máquina...

Capitulo 1-                                                                                                                               Era noite e ele a espiava por entre as cortinas de sua janela, bela e majestosa ela se trocava, primeiro foi-se o vestido, depois o espartilho mostrando seu seios desnudos. Ele a desejou como nunca...
 Arranquei a folha amassei e a joguei no chão, estava cansado de basear meus textos na minha primeira paixão eram todos iguais citando fatos que marcaram minha juventude, era velho 35 anos nem sei como ainda não tinha morrido de tuberculose da maneira que minha vida era boêmia. Porém ao fazer isso acabei acordando a mulher em minha cama que reclamou dizendo que isso não eram horas. Respondi grosso dizendo que a casa era minha, logo me desculpei ela se aproximou e perguntou se estava tudo bem confirmei com a cabeça. ela se retirou dizendo que estava tarde e que eu sabia aonde encontra-la caso quisesse "companhia".
 Me lembrei da imagem do meu pai e daquele bigode dele, por um momento sorri, mas logo lembrei que não tinha o visto desde o dia em que brigamos e eu sai de casa. Briga boba, ele queria um futuro pra mim como médico, eu queria ser escritor. Moral sou escritor sem pai, frustrado e sem um tostão furado, ao menos se eu tivesse virado médico teria dinheiro para pagar prostitutas de melhor qualidade.
 Só escrevo sobre o amor mas nuca formei e nem pensei em formar uma familia, quem sou eu pra escrever sobre amor, se eu não sei o que é amar. É como se perder dentro de um labirinto de sonhos, caminhar enquanto o sol se punha. Não sabia ao certo se quem eu era, essa era a moral de todos aqueles pensamentos. Fui ao banheiro peguei minha lamina de barbear, me olhei no espelho. Fiz a barba arrumei meu pequeno apartamento e sai, com uma mala com tudo o que eu tinha, não era muito mas era o que eu tinha.
 Me aproximei de um dos navios que estava ancorado, haviam uns homens jogando dados. Perguntei como eu conseguia um vaga, eles me apontaram a porta de uma decadente cabine, a qual me dirigi. Ao entrar vi um velho barbado, que me perguntou o que eu queria, disse que eu era escritor e que eu queria relatar um conto sobre baleeiros. Ele riu da minha cara, para disfarçar, também ri, ele perguntou sério o que eu queria, respondi sério que desejava me juntar a eles. O velho riu mostrando seus poucos dentes e disse, estávamos precisando de mais um, mas me alertou que era muito perigoso. Respondi que já estava morto por dentro. Ele sorriu e me disse que o barco partia as 6 da manhã seguinte, e que se eu tivesse que resolver algo que eu fizesse logo.
 Como eu não tinha ninguém, passei minha ultima noite na cidade com uma prostituta, afinal por um bom tempo ficaria em abstinência. Cinco e meia já estava na frente do navio, vi o capitão de relance era um homem sério, uns colegas lavavam o chão me agachei e me pus a ajuda-los. passamos três dias e nenhuma baleia foi avistada. durante as noites escrevia em meu diário o que havia acontecido, a muito tempo não me sentia assim tão... vivo. E essa é minha história doutor.
 Anotando tudo que seu paciente dizia o psiquiatra, apertou um botão e sua mesa e disse, mandem os enfermeiros entrarem. Depois que o paciente recebeu uma dose de penicilina e saiu, o médico concluiu: Todo homem tem um refugio seja, ele sua mente, sua televisão, seu papel, seu computador, ou os braços de alguma prostituta barata. Ele quando se vê dentro de uma questão de desespero simplesmente corre para um desse lugares para tentar se esquecer dos problemas ou até mesmo para se desabafar. A agonia, a dor, a tristeza. O refugio deste homem foi a mente...

terça-feira, 19 de outubro de 2010

- Alguns Rabiscos-

Símbolo da era do terror

Câmera Descontínua

Pequena Homenagem ao Blog

A Fantástica Caixa de Roubar ALMAS

Não tenho muito mais o que falar sobre eles.
Caso alguém queira saber as técnicas:
Símbolo da era do terror, Câmera Descontínua, Pequena Homenagem ao Blog, são uma técnica mista de caneta pretas, liquido corretivo, e aquarela.
A Fantástica Caixa de Roubar ALMAS, é só liquido corretivo e as canetas pretas.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

A Irmã

 Sentado num divã uma luz me questionava fatos de minha vida...  Vagarosamente respondia, ao interrogatório, como uma abelha, que coleta o polem das flores para produzir o doce mel, que toca aos lábios de degustadores no mundo todo de forma a adocicar suas bocas dando-los um doce sabor nas almas dos consumidores desse nectar produzido por esses artrópodes. Porém uma pergunta em especial interrompe minha falta de atenção, me pergunta, um especifico momento de minha infância, momento da vida aonde se desenvolve os sentidos a moral e ínfimas outras coisas que definem a pessoa que será formada a partir dali, porém não me lembro significativamente da minha infância me lembro só de voltar a mim após... "minha irmã, cadê minha irmã? Ela costumava todo dia de manhã tocar uma melodia no piano negro que ficava na nossa casa. Minha irmã era a unica coisa que eu tinha durante minha infância." e era a unica lembrança que eu tinha... três homens com pequenos olhos e vestidos de branco entraram na sala, me seguraram e me sedaram.
 Quando acordei estava debaixo de uma arvore, num lindo campo com as mais variadas flores, lírios, rosas, camélias, iris, dentre outras. aviam pessoas dançando valsa no céu coelhos jogando damas e o sol era sempre alpino era tudo perfeito e mágico, havia um grande lago,  pássaros, as cores eram nítidas e fortes. Depois de caminhar me divertir, e vencer dos coelhos no jogo de damas, desmaio acordando na sala de interrogatório agora estava amarrado a cama e não mais deitado no divã.
 A primeira coisa que vem a minha mente é minha irmã, grito por ela, esperneio. Tentam me acalmar, me dopam, foi assim pelo menos durante dois meses, até que chego a conclusão de que devo fazer o que eles querem do jeito que eles querem para, para sair daquele lugar o mais rápido o possível. Me torno um dissimulado, perguntam o quem nas paredes do meu quarto, tinha a carta de suicídio de minha irmã escrita ela tinha apenas 16 quando resolveu acabar com a própria vida o motivo, era simplesmente eu...
  Simplesmente não posso mais viver assim. Tendo que olhar para ele todos os dias, sem poder ter-lo, aos meus braços, sei que vou o magoar porém não posso viver mais assim. Não posso. Te amo demais, maninho, mais do que eu devia tenho que ir... Te Amo
- Karla
isso em suas mais diversas variações estava escrito por todo o meu apartamento as janelas pintadas de branco e com isso escrito e um colchão no chão esse era o meu quarto. Isso se sucedeu da seguinte forma: eu soube do suicídio dela quando recebi a carta manchada de sangue, entrei em profunda depressão, larguei a faculdade, depois de um tempo fui hospitalizado e passava por terapia continua. Um ano depois sou liberado, só voltei porque tinha dissimulado felicidade e superação, mas por dentro eu era o mesmo com um buraco no coração pelo qual uma hemorragia de culpa misturada com tristeza se espalhava por todo o meu corpo. ao chegar no meu apartamento deito no meu colchão e choro lendo a carta. Decido que era a hora, subo na laje olho a rua e dei um passo, um pequeno passo para a humanidade, um grande passo para um homem, e como Ícaro voei alto demais. e cai...
Quando me levantei, estava naquele mundo que eu ia quando me sedavam, uns coelhos vieram me recepcionar, me mostraram o lugar, era lindo, quieto, mas eu ainda sentia aquele vazio dentro de meu coração quando um dos coelhos me chamou atenção para um local uma choupana e me levou até la. Quando cheguei, para minha surpresa, la estava ela, minha irmã, minha felicidade foi, indescritível, a abracei, e fui além dei o beijo mais apaixonado que eu já dei, e sussurrei em seu ouvido: Te amo e agora você me tem...

domingo, 3 de outubro de 2010

O Amanhecer

Após vinte anos de noite chega o momento em que surge a luz no horizonte, e junto vem o desabrochar da segunda primavera de março, vejo o mostrador da ampulheta digita: dia 37 de Júpiter, o décimo quarto mês, ano 3154 eram 27 horas, 20 minutos e 19 segundos.
Quem me dera ser o sol aquilo que raiava no horizonte, mas os sons das sirenes denunciaram, era apenas o brilho de umas dessas bombas de hidrogênio. São como fogos de artifício de caos destruição e morte.
Vejo um pássaro, este, é logo abatido, o sistema de segurança só sabe o que é "nosso" ou "corpo estranho", "corpo estranho" é abatido, as vezes o que é "nosso" também... Corro pego o pássaro e sem pensar duas vezes, o cozinho com a água de um cantil enferrujado e com o capacete de um falecido colega, só pensava que era comida, enquanto como, me lembro de um ditado que dizia, "antes um pássaro na mão do que dois voando", rio um pouco, mas ai me lembro de quando eu era só um menino, e me lembro dos pássaros voando, e do sol raiando...
Tento mas não consigo, me lembra porque diabos estava lá dentro daquelas trincheiras, vendo os meus colegas padecerem na minha frente, só me lembro de estar ali, aonde o sol não nasce nem quadrado.
revoltado, saio das trincheiras desesperado com a esperança de ser abatido e grito, que a guerra não tem mais sentido, e nunca teve motivo, porém para meu espanto me deparo com uma garotinha lambendo uma casquinha de sorvete, ela devia ter uns 5 anos, olho pro céu vejo os pássaros, o sol não havia guerra nem nunca havia tido, a guerra era na minha cabeça...