Quem sou eu

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Sou um morador da cidade do rio de janeiro que tem uma visão um tanto quanto peculiar da vida e de outras coisas que nos cercam... Alguns consideram meus textos perturbados outro dizem que é uma "viagem na maionese", ou, até mesmo, consideram meus textos bonitos e profundos, bem independentemente do que eles são, tem gente que gosta de ler-los, logo, não posso reclamar. Bem, se você é uma dessas pessoas, ou se você acha que tudo isso que eu falo aqui é sem sentido, ou até mesmo, acha que eu sou maluco, bem o problema é de vocês. Sim, eu tenho (a bosta) do twitter: @DrPlitek , vou logo avisando que la não tem nada de útil, mas aqui também não, então pode vir a interessar...

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Vida

Às vezes me deparo com tamanha confusão dentro de mim que a única saída é desertar de tais pensamentos, problemas, pessoas... E sempre essas fugas da mente serão mal interpretadas por aqueles que o cercam. Deixar o tempo fluir, deixar que outros decidam não se preocupar. Às vezes me vejo perdido dentro de tal sonho que parece romance de cinema aonde o previsível final feliz será alcançado... Acorde, é só uma ilusão assim como tudo que nos cerca, não importa se é vivo, se é morto, é tudo uma constante linha sem fim. Isso é a vida, estando vivo ou morto...
Foi o que eu disse a mim mesmo quando me vi falecendo na cama do hospital de Moscou, após ter vivido meus longos anos de... De que? De vida... Seria vida mesmo ou estaria eu morto e estava simplesmente nascendo, bem isso eu nunca hei de saber, pois não me lembro, não me lembro das guerras, dos amores, das festas, dos sorrisos, dos problemas. Só me lembro de que sem nenhum prévio aviso me encontrar simplesmente respirando. Você lembra, quando se deu conta de que você respira? Queria lembrar... É uma daquelas sensações para se guardar. Mas não me lembro de nada, de nascer, da minha tenra infância, lembro apenas de do nada me dar conta... De que eu existo? Brotei.
A minha reação ao ouvir tais frases sendo pronunciadas por outro eu foi ter um ataque cardíaco, me engasgar, tossir como um maluco para depois cair da cama morto. Acho que foi pressão demais para mim mesmo. Pensei quando no quarto um as luzes piscam como um vaga-lume perdendo sua luz, outro eu aparece logo percebo que não estou em moscou e que estou dentro de mim mesmo em um desses quartos da mente que se tranca a sete chaves e joga cada uma delas em um dos sete mares.
Esse meu eu puxa uma cadeira e nós começamos a conversar sobre aquelas coisas que nos atormentam, der repente o soar da sirene de bombardeiro me acorda, corro para o porão e rezo, nessas horas até o mais ateu dos ateus clama por deus. Como se um mísero humano fizesse diferença para o criador de um sistema infinito chamado universo, é menos do que um grão de areia na praia...
Me encontro entre os escombros do que um dia foi uma metrópole, estou só... Ponho-me a andar, a busca pelo horizonte vai continuar até o dia em que eu encontrar o final do circulo... O sol, naquele dia havia nascido quadrado... A prisão sou eu mesmo...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

A Chave

Em uma das esquinas amargas da grande metrópole, que se assemelhava a um gigante formigueiro, habitado por estranhas pessoas "normais". Um corpo era atingido, por um veloz projétil, brilhante como a reluzente armadura do nobre medieval. Digo um corpo, pois há muito a morte já havia batido naquela frágil alma. No momento em que o gracioso fragmento de metal forjado para abrir as portas do paraíso, penetra a bomba hidráulica biológica que para essas pobres criaturas é a inquestionável morada do amor, que como o chocolate vem basicamente em duas versões: Amargo ou ao Leite, o corpo morto passa a ser um objeto inanimado como as lembranças de um abajur apagado, e cai como uma folha de uma arvore deixando para traz todo o sistema que o segurava.
O hospedeiro atual da chave do paraíso sente o frio glacial que é sua vida saindo pelo orifício da fechadura, e o então corpo sem vida fora ressuscitado para sentir a bala arrancar verdadeiramente sua vida. Nesse momento uma lágrima caia, mas não era de um parente, um amigo, ou do próprio corpo, a pobre criatura que dilatava seus canais lacrimais devido à tristeza era ninguém menos que a verdadeira vitima fora aquele que acionara o sistema que impulsionara o cão que preso a mola principal acertara o projétil contido no tambor que percorreu um cano estriado ganhando assim rotação para não desviar de sua rota devido a força centrífuga viajando por 3 metros e acertando o corpo inanimado que ganha vida para morrer, em frações de segundos.
Interessantes foram os comentários e reações sobre o fato:
A mãe: não conseguiu pronunciar uma palavra inteligível
O pai: Ele era tudo para mim além de sua mãe, queria ter dito isso a ele...
O amigo1: A vida é injusta com as pessoas boas, ele era um amigo de verdade...
O amigo2: não imaginava que isso podia acontecer. Afinal, já descobriram porque ele se jogou contra o policial?
A amiga1: Eu não sei, se estou com raiva, ou se estou triste, Ele era importante
O Psicólogo: Ele já sabia, que morreria naquela situação, ele planejava tudo, TUDO
A amiga2: Ele era a melhor coisa que havia me acontecido agora ele morreu...
A garota que ele amava: Não consigo entender, sabe eu fiquei sabendo por siclano que ele gostava de mim, sabe, eu só tava esperando ele tomar iniciativa, posso até arriscar que amava ele, mas agora é tarde... Demais... (choro)”.
O colega de classe1: Ele sempre foi “estranho”
O colega de classe2: Como ele mesmo dizia: Peculiar
Familiar1: Não fazia idéia
Familiar2: É mentira esse cara devia ser cassado!
Juiz: Suicídio. Mas cometido por outro, complicado...
A vitima: ele... era inocente... mas eu não tenho culpa (entre lágrimas)
O morto: Foi presciso...