Quem sou eu

Minha foto
Sou um morador da cidade do rio de janeiro que tem uma visão um tanto quanto peculiar da vida e de outras coisas que nos cercam... Alguns consideram meus textos perturbados outro dizem que é uma "viagem na maionese", ou, até mesmo, consideram meus textos bonitos e profundos, bem independentemente do que eles são, tem gente que gosta de ler-los, logo, não posso reclamar. Bem, se você é uma dessas pessoas, ou se você acha que tudo isso que eu falo aqui é sem sentido, ou até mesmo, acha que eu sou maluco, bem o problema é de vocês. Sim, eu tenho (a bosta) do twitter: @DrPlitek , vou logo avisando que la não tem nada de útil, mas aqui também não, então pode vir a interessar...

sábado, 16 de abril de 2011

O Homem que Fazia Brinquedos

 Virando a esquerda no beco das rosas negras havia, a muito tempo, uma pequena lojinha de brinquedos. trabalhava la, um homem, cujo o nome não me lembro, mas cujo a história nunca vou me esquecer...

 Esse homem tinha uma filha. Sua criação mais preciosa, como ele mesmo dizia. Em homenagem a sua falecida amada, nomeou a filha com o mesmo nome. Mas esse homem era um artista, criava brinquedos como mais ninguém! A partir de molas e rodas dentadas, criava verdadeiras maravilhas, andavam, dançavam, agradeciam. Esse homem era um artista, o orgulho da filha! A filha, o orgulho do pai! A noite os dois se reuniam após o jantar na sala, para olhar a lenha da lareira queimar e simplesmente aproveitar a presença um do outro

 Tudo ia em ordem até que ela bateu a porta daquela feliz familia... Seduzindo a menina como as dançarinas dos bordeis seduzem seus fregueses, de forma infalível. No dia seguinte àquela dança a jovem já sentia os sintomas do mal, acordou cansada, perdeu a cor, perdeu mais peso que o normal, tosse... O homem desesperado, chamou um médico.

Diagnóstico: Tuberculose

 Naquela época, morte certa... A doença dos românticos a havia dominado, o pai nada podia fazer, sua maior obra, condenada... Para poupar a filha, não a contou a notícia. não queria que ela soubesse de sua morte eminente. Todas as noites, o homem chorava na sala, sozinho. A menina já não podia sair da cama... um dia na primavera ela partiu. As janelas daquela casa, nunca mias se abriram.

 Durante uma semana o homem não saiu de sua casa. depois disso, passava as noites trabalhando em um projeto pessoal na oficina. Ninguém sabia o que estava acontecendo ali. Boatos diziam que ele tinha enlouquecido, que ele estava trabalhando para esquecer, e coisas do gênero.

 Indignado, fui até ele e perguntei o que ele fazia. ele respondeu com um sorriso no rosto:"As vezes, crio brinquedos extraordinários, vivos. A noite simplesmente aproveito a companhia deles em frente a lareira..."

domingo, 10 de abril de 2011

A Luneta


 Por entre as cortinas da janelas de seu apartamento, um pervertido observava com sua luneta a formosa Isabela:

 Ah! Isabela, com seu corpo de sereia, pele cor de bronze devido ao sol do litoral recortado pelas mais lindas praias, as quais essa doce criatura costumava freqüentar, morena, afinal, quem precisa ser loira quando se tem a beleza negra dos cabelos de Isabela? Seus olhos, eram como a noite estrelada, negros como o breu, mas cintilantes como a purpurina prateada assimilada ao corpo da rainha de bateria das escolas de samba que desfilam na Sapucaí.

 Isabela estava chegando em casa, hoje era um dia da noite. ia sair com as amigas, ir a uma roda de samba que acontecia ali nas redondezas, retirou suas roupas, mostrando aquele corpo delicado como cristais tchecos. Lentamente, retirou seu sutiã, revelando assim seus seios suas marcas de sol, sua verdadeira cor, suas intimidades, foram reveladas logo em seguida, apenas "De dar água na boca" podia expressar o que o pervertido que a observava estava sentindo. Isabela pegou sua tolha e se pôs em direção ao banheiro, com seu andar rebolado, que hipnotiza da mesma forma que o pêndulo, balançando de la pra cá, de cá pra la. Esta cena de poucos segundos, fora tão emocionante que parecia uma vida, valia mais que uma vida...

 Quando Isabela saiu de seu banho, o vapor a circundava, formando uma imagem digna do nascimento de Venus ela pôs seu belíssimo vestido tomara que caia pegou seu celular e saiu... Ao passar pelos bares, os bêbados que discutiam as ciências, políticas, filosofia e afins, paravam perdiam o fôlego, o fio da meada, pediam mais uma dose e recomeçavam as intermináveis discussões, mas com os pontos de vista trocados. Isabela ria sutilmente e continuava a andar.

 Meia noite e quarenta e sete, um corpo caido na sarjeta, sangue escorrendo para os bueiros, um celular tocando, um vestido rasgado, uma isabela a menos... Fora violentada, assassinada e descartada. Pobre coitada...

 E o pobre pervertido apaixonado?

 Por entre as cortinas da janelas de seu apartamento, um pervertido observava com sua luneta a formosa Bianca:

 Ah! Bianca ...