Era dezembro. Estava enterrado, entre o suor e o sangue dos meus irmãos, numa vala coletiva, esta cavado por nós, e apelidada de trincheira. Admito, não sei a quanto tempo estava ali, mas cada batimento cardíaco era uma eternidade.
Estava com sede peguei meu cantil enferrujado, dentro havia uma água barrenta e que cheirava aos dias chuvosos em estábulos, de fato era até um cheiro agradável, disfarçava o cheiro de podridão dos cadáveres ao meu redor. Aproximei meus lábios ressecados do gargalo, lentamente os abri e lhes encostei na rosca suja de terra, sangue, e ferrugem. Dei três longos goles, o cantil estava gelado meu rifle estava gelado, meu amigo de infância, que estava ao meu lado estava mais gelado.
Seus olhos, fechados o sangue em sua roupa já, seco, e ele começava a exalar um cheiro, que só os mortos exalam. A morte do meu amigo, foi simples, um tiro, uma morte, uma vida. A ultima coisa que ele me disse foi: não sei por que estou lutando, espero que valha à pena.
Chega dessas reflexões! peguei meu rifle, armei-o, levantei, e atirei. Um tiro, uma morte, uma vida, um amigo, um pai. Se fosse eu que tivesse levado aquela bala no pescoço, não voltaria nunca para casa, nunca mais iria abraçar a minha filha, nunca mais beijaria a minha esposa, ela teria perdido o além do irmão, o marido para gerra. Aquela guerra não era minha, aquela cova, não era a minha, porque o sangue tinha de ser o meu, do meu amigo, ou do homem que eu havia acabado de matar? Nenhum de nós tinha motivos, resolvi desertar, levantei olhei a foto das minhas meninas, a mãe e a filha,ás beijei, me levantei, ergui, sai da vala, me levantei.
Fuzilado, senti os dez tiros penetrarem meu peito, um a um, rompiam a minha pele rasgavam a minha carne dois pegaram nas minhas costelas, os outros me atravessaram como manteiga, senti o frio dos mortos, vindo de dentro de mim, senti o cheiro, o gosto do meu sangue, olhei para o medalhão com a foto da minha esposa e da minha menininha, minha visão ficou turva, e lentamente embaçou em negro, cai no chão senti a lama em meu rosto. Cada batimento cardíaco era uma eternidade...
ATENÇÃO
As coisas escritas aqui são... Mas tem gente que gosta, se você, meu caro leitor, acha que talvez deva ler, não se acanhe, leia mas também não diga que eu não avisei que os textos eram, como posso explicar, "diferentes" ou melhor eram "peculiares".
Aos usuários de drogas: pode gerar "Bad"
Não me responsabilizo por suicídios possivelmente gerados pelos textos aqui presentes, em momento nenhum é sugerido ou feito apologia ao ato de tentar contra a própria vida
- Atenciosamente Pedro Plitek Schubert
Quem sou eu

- Schubert
- Sou um morador da cidade do rio de janeiro que tem uma visão um tanto quanto peculiar da vida e de outras coisas que nos cercam... Alguns consideram meus textos perturbados outro dizem que é uma "viagem na maionese", ou, até mesmo, consideram meus textos bonitos e profundos, bem independentemente do que eles são, tem gente que gosta de ler-los, logo, não posso reclamar. Bem, se você é uma dessas pessoas, ou se você acha que tudo isso que eu falo aqui é sem sentido, ou até mesmo, acha que eu sou maluco, bem o problema é de vocês. Sim, eu tenho (a bosta) do twitter: @DrPlitek , vou logo avisando que la não tem nada de útil, mas aqui também não, então pode vir a interessar...