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Sou um morador da cidade do rio de janeiro que tem uma visão um tanto quanto peculiar da vida e de outras coisas que nos cercam... Alguns consideram meus textos perturbados outro dizem que é uma "viagem na maionese", ou, até mesmo, consideram meus textos bonitos e profundos, bem independentemente do que eles são, tem gente que gosta de ler-los, logo, não posso reclamar. Bem, se você é uma dessas pessoas, ou se você acha que tudo isso que eu falo aqui é sem sentido, ou até mesmo, acha que eu sou maluco, bem o problema é de vocês. Sim, eu tenho (a bosta) do twitter: @DrPlitek , vou logo avisando que la não tem nada de útil, mas aqui também não, então pode vir a interessar...

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A Guerra

Era dezembro. Estava enterrado, entre o suor e o sangue dos meus irmãos, numa vala coletiva, esta cavado por nós, e apelidada de trincheira. Admito, não sei a quanto tempo estava ali, mas cada batimento cardíaco era uma eternidade.

 Estava com sede peguei meu cantil enferrujado, dentro havia uma água barrenta e que cheirava aos dias chuvosos em estábulos, de fato era até um cheiro agradável, disfarçava o cheiro de podridão dos cadáveres ao meu redor. Aproximei meus lábios ressecados do gargalo, lentamente os abri e lhes encostei na rosca suja de terra, sangue,  e ferrugem. Dei três longos goles, o cantil estava gelado meu rifle estava gelado, meu amigo de infância, que estava ao meu lado estava mais gelado.

 Seus olhos, fechados  o sangue em sua roupa já, seco, e ele começava a exalar um cheiro, que só os mortos exalam.  A morte do meu amigo, foi simples, um tiro, uma morte, uma vida. A ultima coisa que ele me disse foi: não sei por que estou lutando, espero que valha à pena.

 Chega dessas reflexões! peguei meu rifle, armei-o, levantei, e atirei. Um tiro, uma morte, uma vida, um amigo, um pai. Se fosse eu que tivesse levado aquela bala no pescoço, não voltaria nunca para casa, nunca mais iria abraçar a minha filha, nunca mais beijaria a minha esposa, ela teria perdido o além do irmão, o marido para gerra. Aquela guerra não era minha, aquela cova, não era a minha, porque o sangue tinha de ser o meu, do meu amigo, ou do homem que eu havia acabado de matar? Nenhum de nós tinha motivos, resolvi desertar, levantei olhei a foto das minhas meninas, a mãe e a filha,ás beijei, me levantei, ergui, sai da vala, me levantei.

 Fuzilado, senti os dez tiros penetrarem meu peito, um a um, rompiam a minha pele rasgavam a minha carne dois pegaram nas minhas costelas, os outros me atravessaram como manteiga, senti o frio dos mortos, vindo de dentro de mim, senti o cheiro, o gosto do meu sangue, olhei para o medalhão com a foto da minha esposa e da minha menininha, minha visão ficou turva, e lentamente embaçou em negro, cai no chão senti a lama em meu rosto. Cada batimento cardíaco era uma eternidade...

2 comentários:

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  2. puta que pariu. To arrepiada. Caralho, tomá no cú pedro, porra. e da onde você tirou ISSO ?

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