Quem me dera ser o sol aquilo que raiava no horizonte, mas os sons das sirenes denunciaram, era apenas o brilho de umas dessas bombas de hidrogênio. São como fogos de artifício de caos destruição e morte.
Vejo um pássaro, este, é logo abatido, o sistema de segurança só sabe o que é "nosso" ou "corpo estranho", "corpo estranho" é abatido, as vezes o que é "nosso" também... Corro pego o pássaro e sem pensar duas vezes, o cozinho com a água de um cantil enferrujado e com o capacete de um falecido colega, só pensava que era comida, enquanto como, me lembro de um ditado que dizia, "antes um pássaro na mão do que dois voando", rio um pouco, mas ai me lembro de quando eu era só um menino, e me lembro dos pássaros voando, e do sol raiando...
Tento mas não consigo, me lembra porque diabos estava lá dentro daquelas trincheiras, vendo os meus colegas padecerem na minha frente, só me lembro de estar ali, aonde o sol não nasce nem quadrado.
revoltado, saio das trincheiras desesperado com a esperança de ser abatido e grito, que a guerra não tem mais sentido, e nunca teve motivo, porém para meu espanto me deparo com uma garotinha lambendo uma casquinha de sorvete, ela devia ter uns 5 anos, olho pro céu vejo os pássaros, o sol não havia guerra nem nunca havia tido, a guerra era na minha cabeça...
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